quinta-feira, 28 de junho de 2012

Alavanca: 8 Técnicas Destruidoras


8 Técnicas de Alavanca
Certo. Eu já ouvi a mesma pergunta várias vezes. Guitarristas querem aprender a usar a alavanca mas não tem idéia de como fazê-lo. Eu vou te mostrar como.

Você está pronto para Derreter?
Você pode tirar sons destruidores com a alavanca e com certeza após ler este artigo você estará pronto para derreter os ouvidos de quem ouvir você tocar. Mas, antes de praticar os exercícios, tem algumas coisas que você precisa saber.

Então vamos Aquecer
Aqui você aprenderá tudo sobre palhetadas, efeitos e harmônicos que serão essenciais para as técnicas de alavanca. Vamos falar também sobre como a alavanca é usada por guitarristas em estilos de música diferentes, como Rock, Metal e Surf Music. Assim você não só saberá executar uma porrada de coisas novas, mas também será capaz de se adaptar ao contexto. Então vamos começar.
Existem inúmeras técnicas de alavanca, aqui lhe apresentaremos as 8 principais, que servirão de base para futuramente você criar seus próprios truques na guitarra.

A Distorção
A primeira coisa que se precisa ter em mente é que você precisa de uma boa distorção para executar a maioria das técnicas de alavanca. Existem vários tipos de distorção, entre eles metal, lead e fuzz. A melhor opção depende do seu estilo, contudo aconselhamos uma que seja ao mesmo tempo pesada e limpa.

Para conseguir isso, faça os seguintes ajustes no seu pedal de efeitos. Coloque um pouco de Compressor, um pouco de Chorus, Distorção Lead quase no máximo e um pouco de Delay ou Reverb. De novo, tente conseguir um som que seja ao mesmo tempo pesado e limpo. Para verificar se o som está pesado experimente tocar um Power Chord abafado. Quando o som estiver pesado você irá perceber na hora. Para saber se o som está limpo basta tocar um pequeno solo e perceber que as notas não se confundem, que dá para ouvir cada nota claramente.

Os Harmônicos
Agora vamos aos Harmônicos. Essa é uma área muito explorada no assunto Alavanca, por isso nós vamos entrar em detalhes e você terminará de ler este artigo sendo também um expert em harmônicos. Existem Harmônicos Naturais e Harmônicos Artificiais.

Harmônicos Naturais
Os Harmônicos Naturais são obtidos ao posicionar o dedo indicador sobre qualquer corda, em cima do sétimo traste, sem pressionar a corda, e a seguir palhetando a corda. Também é possível tocar harmônicos naturais sobre o quinto traste,o décimo segundo e o décimo nono traste. Além desses, existem harmônicos naturais que são mais difíceis de se tocar, eles ficam na terceira, quarta e nona casa.

Harmônicos Artificiais
Os Harmônicos Artificiais são aqueles que são manipulados com uma palhetada especial. Eles podem ser tirados de qualquer corda em qualquer casa, mas com certeza é muito mais fácil na região do meio do braço. Há muitas formas diferentes de se conseguir um Harmônico Artificial, e em algumas das técnicas deste artigo você aprende os principais.

As Técnicas
1 – Surf Music
Você pode ouvir essa técnica sendo bastante usada por Dick Dale, guitarrista de Surf Music e também por muitos guitarristas de Blues, sendo chamada de Vibrato ou Tremolo. Para executá-la apenas toque um acorde (Am, por exemplo) e abaixe a alavanca suavemente algumas vezes. Este efeito pode ser usado em qualquer acorde, teste com e sem distorção.

2 – Dive Bomb
Esta técnica, muito usada por Jimi Hendrix consiste em tocar um harmônico (natural ou artificial) e abaixar em velocidade média a alavanca o máximo possível. Para conseguir o efeito desejado utilize uma distorção e um pouco de delay. Existem diversos tipos de delay, uns em que a nota tocada se repete rapidamente e outros em que esta repetição é mais lenta. Prefira o segundo. Você também pode ouvir o guitarrista Fletcher usando este efeito nas músicas Kodiak e Unite da banda de hardcore da Califórnia Pennywise (No final e no início, respectivamente).

3 – Motorcycle
Com uma distorção e um pouco de reverb, abaixe toda a alavanca e toque a corda E grave. Em seguida levante-a devagar e abaixe-a toda de uma vez só, imitando uma moto passando marcha. Repita várias vezes seguidas até pegar o feeling.

4 – Guitar Scream
De todas as loucuras que você pode fazer na guitarra essa é provavelmente a mais alucinante. Quando já estiver dominando essa técnica, você irá entender exatamente porque. Não é a toa que ela se tornou a preferida de Joe Satriani. Em muitas músicas de metal essa técnica pode ser encontrada, mas o melhor exemplo continua sendo Surfing with the Alien de Joe Satriani.

Para executar essa técnica com perfeição você vai precisar de bastante treino, mas eu já digo, vale a pena, pois é uma técnica muito valiosa.
Vamos dividir o treino em duas partes. Na primeira parte você precisa aprender como tocar um harmônico artificial na terceira corda solta.

Parte 1
-Ajeite a palheta em sua mão para que só a pontinha dela apareça.
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-Observe que se você mexer o polegar sobre a palheta a pontinha dela fica escondida. Não é preciso deslizar o dedo, apenas virá-lo.
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-Treine um pouco esse movimento, segurando a palheta com a pontinha para fora e escondendo ela com o movimento do polegar.
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-Agora você fará o mesmo ao tocar a terceira corda solta. Você toca a corda e num movimento continuo esconde a pontinha da palheta, de forma que a lateral do seu polegar esbarre de leve na corda solta, abafando-a.
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-Para conseguir tirar um som de harmônico da corda solta é preciso tocá-la no lugar correto. Existem alguns lugares ao longo da corda onde é possível tocar a corda com essa técnica e fazer soar o harmônico. Experimente executar o movimento descrito acima em diferentes pontos da corda para descobrir onde é que está o melhor ponto para fazer soar um harmônico bem alto.

Parte 2
-Abaixe bastante a alavanca da sua guitarra.
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-Toque um harmônico artificial na terceira corda solta.
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-Suba a alavanca.
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5-Dimebag Darrel
Esta técnica foi criada e muito usada por Dimebag Darrel, ex-guitarrista do Pantera. O efeito sonoro é parecido com a técnica Guitar Scream, descrita acima. É bem simples, porém requer uma boa prática para fazer ela fluir. Dessa vez nós vamos tirar um harmônico da terceira corda na terceira casa.
Observe que, com muita distorção é possível tocar um harmônico ao posicionar o dedo indicador da mão esquerda em cima do terceiro traste da terceira corda, sem pressioná-lo, e palhetando a corda. É mais ou menos isso que nós precisamos fazer.
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-Toque a terceira corda solta com o indicador da mão esquerda.
,-Logo em seguida posicione o indicador sobre o terceiro traste. Assim o harmônico soa também.
.-Agora abaixe toda a alavanca.
.-Toque um harmônico com a mão esquerda na terceira casa da terceira corda.
-Levante a alavanca.
 
6-Van HalenToque a corda G solta e abaixe a alavanca como num dive bomb (descrito acima), porém desta vez, encoste levemente o seu dedo no traste 5 extraindo um harmônico natural e retorne a posição original.


7-Steve Vai
Steve Vai executa técnicas dificílimas. Porém, em seu repertório também encontramos técnicas muito fáceis. E essa é uma delas.
Toque um ligado contínuo na corda B entre as casas 7 e 9, e lentamente abaixe a alavanca (mantenha o ligado soando) em seguida retorne a posição original novamente com o ligado soando.
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8-Shred Guitar
Toque o harmônico natural na casa 7 da corda G,em seguida abaixe a alavanca. Logo que a alavanca chegar até embaixo, encoste levemente o dedo na casa doze da mesma corda, fazendo soar o harmônico natural da casa doze e levante a alavanca até atingir a nota desejada.

Como Usar As Técnicas Em Uma Música
Uma boa dica para você usar as técnicas de Alavanca é:
-Usar nos intervalos das músicas, como no início, fim e nas partes em que a música para um pouco.
-No caso de músicas sem distorção, como surf music, blues ou reggae, é bom usar a técnica ‘surf music’ para incrementar os acordes.

Como Criar Riffs de Guitarra \m/



Encare o fato: um bom riff é meio caminho para uma boa música.
Outro fato: criar um bom riff ou até mesmo um excelente riff não é algo complexo. Na verdade, os riffs mais admirados são os mais simples.
Então, você está pronto para entender os componentes de um riff e aprender a manipulá-los como quiser?
Riffs são simples, então vamos manter esse artigo simples também. Riffs são crus. E é isso que faz você sentir o peso de cada nota através dos amplificadores. Ao final do artigo, você deverá entender um pouco mais sobre o porquê dessa fórmula.
Guitarristas bons de riffs nunca foram para faculdade de música. E o engraçado é que encontramos vários exemplos do oposto – guitarristas que estudaram música a fundo, mais que simplesmente não são grandes criadores de riffs. Para constatar isso, basta explorar as extensas obras de John Petrucci e Steve Vai, que, apesar de terem estudado na melhor universidade de música e terem se tornado dois dos melhores guitarristas que o mundo já viu, não são famosos por seus riffs.
Agora vamos para os mestres dos riffs. Os caras. Angus Young e seu irmão Malcom Young do AC/DC (sim, Angus não fez tudo sozinho); Jimmy Page, do Led Zepellin; Tom Morello, do Rage Against The Machine e Audioslave; Kirk Hammett e JamesHetfield do Metallica; Dimebag Darrell, do Pantera; Eddie Van Halen; Kurt Cobain, do Nirvana;  (Ozzy) e outros.
Esses guitarristas podem te ensinar muito mais sobre riffs que qualquer professor de guitarra.
Não existe uma receita para criar riffs de guitarra que os melhores guitarristas usam. Mas há algumas coisas que se você souber, ajudarão bastante:
11 Dicas para Criar Riffs de Guitarra
1 – Domine Power Chords
2 – Prefira a simplicidade
3 – Nunca pense que não existem mais riffs clássicos para serem criados (Angus Young sempre te provará o contrário)
4 – Sempre escute os mestres
5 – Tenha uma boa distorção (os outros pedais de efeito não são tão importantes)
6 – Tenha um bom amplificador
7 – Um riff só se torna completo quando tocado com uma banda
8 – Pegada
9 – Solte sua criatividade. Saia tocando
10 – Copie de alguém
11 – Escolha um ritmo marcante
1 – Domine Power Chords
Nem todos riffs são compostos de power chords. Mas a maioria é, podendo ser também uma combinação de power chords com dedilhados. Um power chord carrega a essência de um acorde e é a alma do rock. Você precisa ter mobilidade com power chords ao longo do braço da guitarra, conseguindo mudar rapidamente de um para o outro. Limitações técnicas geram limitações criativas. Exercite seus power chords e quando você precisar deles, eles surgirão com facilidade.
Basicamente, power chords podem ser tocados de duas formas: normalmente ou abafando as cordas. Essa segunda opção é largamente explorada por guitarristas de metal, punk rock e hardcore. Simplesmente, é uma das melhores formas de adicionar peso e deixar os power chords mais carregados. É o que muitos chamam de “pegada”.
2 – Prefira a simplicidade
Quanto mais simples, mais fácil de ficar na cabeça das pessoas. Um riff deve ser cíclico. Isto é, algo que possa ser tocado repetidamente, encaixando o início do riff após seu final e assim por diante. E, quanto mais simples for um riff, mais provavelmente ele será cíclico. Simplicidade quer dizer poucos acordes. Para verificar se seu riff é simples, cantarole-o. Você deve conseguir reproduzi-lo com sua voz.
3 – Nunca pense que não existem mais riffs clássicos para serem criados
(Angus Young sempre te provará o contrário).
É normal cair na armadilha de acreditar que “já existem centenas de músicas muito boas, logo não há mais músicas boas para serem criadas”. Além de essa crença ser falsa, o oposto é verdadeiro. Pelo que parece, quanto mais músicas são criadas, mais são alimentadas as criatividades de músicos no mundo inteiro.
4 – Sempre escute os mestres
Quanto mais músicas e guitarristas diferentes você conhecer, melhor. Isto lhe ajudará a manter sua mente sempre aberta, além de desenvolver sua “cultura musical”. Não há melhor forma de se aprender do que através de exemplos. Aprenda a tocar novos riffs. Isto fará com que você veja o braço da guitarra de diferentes formas.
5 – Tenha uma boa distorção
(os outros pedais de efeito não são tão importantes)
Aquilo que você toca depende da sonoridade que você tem em mãos. Um bom pedal de distorção (ou até mesmo a distorção de um bom amplificador) possibilita adicionar peso aos power chords e intensidade as notas dedilhadas. Até mesmo o melhor guitarrista do mundo não conseguirá um bom som se o equipamento não for de qualidade. Existem dezenas de tipos de distorção. É importante conhecê-las bem para saber qual é melhor para o som que você quer tirar.
Vale ressaltar que uma boa distorção é essencial para quem costuma tocar abafando os power chords.
6 – Tenha um bom amplificador
Todo o som da guitarra sai do amplificador. Quanto melhor for o amplificador, melhor será o som. A importância de ter um bom som, é que ele dá inspiração para criar novos riffs, enquanto que sons fracos apenas dão vontade de parar de tocar.
Só quem já tocou num bom amplificador sabe a diferença. Cada nota ganha muito mais presença e força. E quando se trata de criar riffs, isso é ótimo, pois tudo que você precisa é encontrar uma sequência de notas bem marcante. Um amp bom te ajuda a perceber que são necessárias poucas notas para causar a dose certa de impacto. Ou seja, ele te ajuda a manter a simplicidade.
Para entender a importância do amplificador, imagine-se tocando seu riff favorito numa guitarra com o amp desligado. Apesar de o riff ser bom, você só conseguirá perceber (e sentir) isso quando ligar o amp. O mesmo vale para comparar um amp fraco e um amp bom. Com um amp melhor, a sua percepção também fica melhor.
7 – Um riff só se torna completo com uma banda
Escutar um riff sendo tocado apenas pelo guitarrista é algo totalmente diferente de escutar a banda inteira tocando. Portanto, não espere que seus riffs sejam impressionantes quando estiver tocando-os sozinhos. Você só saberá o quão bons eles são quando tocá-los com o resto da banda. E é claro que a banda também influencia bastante a forma como o riff é tocado.
Um dos principais pontos a serem entendidos sobre os riffs é que eles sempre serão uma questão de ritmo. Sendo assim, esse é um daqueles momentos que o guitarrista deve se unir ao baterista. Apesar de os dois instrumentos serem totalmente diferentes, eles devem se tornar um só, um completando o outro.
Dois exemplos de guitarristas incrivelmente sintonizados com seus bateristas são o caso de James Hetfield e Lars Ulrich – os fundadores e principais compositores do Metallica – e Dimebag Darrell e seu irmão Vinnie Paul, do Pantera. Escute no vídeo abaixo a música Regular People que é uma sequência de riffs carregados de peso. Note como a guitarra está “grudada” na bateria.

8 – Pegada
Muitos falam em “pegada”. Mas geralmente não se fala muito sobre o que é pegada. As pessoas simplesmente sabem identificar quando um guitarrista tem essa qualidade. Pegada é simplesmente a forma de tocar uma música.
Imagine dois guitarristas tocando a mesma música, com exatamente as mesmas notas e a mesma marcação de tempo. Com certeza, os dois tocarão de formas diferentes. O guitarrista que tem mais pegada é aquele que sabe que não basta tocar certo. É preciso incrementar cada fraseado com pequenos detalhes, talvez quase imperceptíveis para os desatentos, mas que em conjunto transformam a música.
Pegada também pode ser entendida como uma combinação de feeling e técnica. Feeling para saber o que tocar e técnica para saber como tocar.
Um ótimo exemplo de um riff com pegada é o da música Man In The Box, do Alice In Chains. O riff consiste em apenas um power chord, que é tocado de forma assombrosamente simples.


E aqui vai nossa principal dica: para ter pegada, você precisa ter uma forte noção de ritmo. Treine com um metrônomo (marcador de tempo), toque acompanhando uma música. Faça qualquer coisa, mas nunca deixe de prestar atenção na batida e no tempo! É preciso descobrir que a guitarra também é um instrumento de ritmo e que ela pode e deve manipular o tempo da música.
9 – Solte sua criatividade
Isso mesmo. Depois de ler esse artigo, você não irá pegar a guitarra e criará logo de primeira um excelente riff. Soltar sua criatividade significa fazer várias tentativas. Aqui a matemática conta a seu favor. Existem (literalmente) milhões de combinações de notas e ritmos para se experimentar. Não tente acertar. Deixe fluir e você mesmo se impressionará com sua espontaneidade.
10 – Copie de alguém
Isso pode parecer babaquice, mas do ponto de vista teórico, faz bastante sentido. Uma mesma progressão de acordes pode ganhar uma sonoridade inteiramente diferente ao ser tocada com uma velocidade ou ritmo diferente. Por exemplo, os mesmos acordes, tocados na mesma ordem, podem servir tanto para um reggae quanto para um punk rock. Além do mais, cada música que você escuta pode ser considerada parecida com alguma outra música (só que você talvez não saiba qual). Mas isso não significa que ela deixa de ser original, muito menos de qualidade.
Existem várias formas de “copiar” alguém. O ideal é se inspirar numa combinação de acordes (ou power chords) e fazer mudanças, podendo tirar ou acrescentar notas. O resultado final pode ficar totalmente diferente da música original e, em poucos minutos, você terá uma música nova.
11 – Escolha um ritmo marcante
Experimente pegar um riff que você goste de alguma banda e tocá-lo em um ritmo diferente, tentando de propósito estragar a música. Você verá como é fácil fazer isso. Para criar um bom riff, o que você precisa fazer é justamente o contrário. Experimente tocar o riff que você está criando em diferentes ritmos até encontrar aquele se encaixe perfeitamente. Você saberá quando encontrá-lo.
O melhor exercício para desenvolver essa habilidade é bem simples. Escolha um power chord (por exemplo, o de Sol – na 3ª casa da 6ª corda) e invente o máximo de formas possíveis de tocar esse power chord. A sua mão esquerda fica parada. O que muda é apenas a frequência e força com que a sua mão direita toca as cordas.
Atenção: não se deixe confundir pelas dicas acima. A regra mais importante a ser lembrada é “Se soa bem, então é bom”.

quarta-feira, 27 de junho de 2012

10 filmes para ver a dois

MITCHEL DINIZ: “O amor, assim como os filmes, não precisa ter longa metragem pra ser bom ou inesquecível. Basta ser vivido”.
 
Além de deixar a vida mais doce, nem que seja por alguns instantes, o cinema também é afrodisíaco.
Além de deixar a vida mais doce, nem que seja por alguns instantes, o cinema também é afrodisíaco.

Por MITCHEL DINIZ
Atenção diabéticos: a lista a seguir pode aumentar os seus níveis de glicose. Mas se açúcar não for problema pra você, pode devorá-la sem culpa. Essa é a vantagem dos filmes românticos: podemos vê-los e revê-los à vontade e nem por isso engordamos. Além de deixar a vida mais doce, nem que seja por alguns instantes, o cinema também é afrodisíaco, esquenta relações.

A sala escura, as poltronas aconchegantes, coladinhas uma à outra. Tudo conspira a favor de um braço em volta do pescoço, de um beijo demorado. Não há dúvidas, o cinema é um romântico incorrigível. E isso se justifica na quantidade de filmes contendo no título palavras como “amor”, “paixão”, “afeto”. Sentimentos mais do que bem-vindos numa vida a dois.

Ah, se aqueles assentos falassem! Quantas histórias não teriam para contar. De beijos estalados, de mãos que se cruzam no meio de um suspiro, da cabeça que repousa sobre o ombro da pessoa amada. Cada casal no seu filme particular enquanto as imagens correm soltas na tela.
Alguns viverão o amor eterno de “Diário de uma Paixão”. Outros, a intensidade de um amor impossível como o de “As Pontes de Madison”. Tem até quem estaria disposto a sacrificar o sentimento pelo bem do outro, como “Casablanca” nos mostrou ao longo de todos esses anos. E assim como em “Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças”, haverá também amores que acabam sem ter fim.

O amor, assim como os filmes, não precisa ter longa metragem pra ser bom ou inesquecível. Basta ser vivido. Por isso, clique no link abaixo, veja a lista de filmes românticos que preparamos e ame. Ame muito!

10 FILMES PARA VER A DOIS – CONFIRA :

10 filmes para ver a dois - 1 (© Diários de uma Paixão, As Pontes de Madison e muitos outros, confira a lista!)
As Pontes de Madison
Amor e dor, por mais distintos que pareçam, quase sempre são sinônimos. Que dirá um amor impossível como o de Francesca (Meryl Streep) e Robert (Clint Eastwood). A vida da típica dona de casa do interior ao lado do marido e de dois filhos dá uma guinada com a chegada de um charmoso fotógrafo à cidade. A missão dele é fotografar as famosas pontes de Madison, em Iowa (EUA), para a revista National Geographic. O estilo de vida fascinante do “forasteiro” encanta Francesca que terá que escolher entre a família ou viver um grande amor.

10 filmes para ver a dois - 1 (© Diários de uma Paixão, As Pontes de Madison e muitos outros, confira a lista!)
Casablanca
“Luz da lua e canções de amor nunca saem de moda” são alguns dos versos de “As Time Goes By”, a linda canção que embala a complicada relação entre Rick (Humphrey Bogart) e Ilsa (Ingrid Bergman). Depois de dias de muito amor em Paris, os dois se reencontram, tempo depois, em Casablanca, abrigo para refugiados da guerra em trânsito, rumo à América. E é no meio desse cenário caótico que o amor dos dois é colocado à prova em um dos filmes românticos mais marcantes da história do cinema.

10 filmes para ver a dois - 1 (© Diários de uma Paixão, As Pontes de Madison e muitos outros, confira a lista!)
Diário de uma Paixão
Não é a toa que “Diário de uma Paixão” é um dos filmes favoritos dos apaixonados. Quem não quer um amor como o de Noah (Ryan Gosling) e Allie (Rachel McAdams)? Uma paixão para a vida toda? Ela é de família rica. Ele, um pobre menino do interior. A combinação improvável vira uma relação arrebatadora que nem a oposição da família, guerras e doenças da velhice serão capazes de desfazer. Providencie lencinhos quando for assistir.

10 filmes para ver a dois - 1 (© Diários de uma Paixão, As Pontes de Madison e muitos outros, confira a lista!)    Antes do Amanhecer
A química do amor, nem a ciência explica. Dois jovens viajando pela Europa num mesmo trem. Os dois não se conhecem, mas logo trocam olhares e engatam uma conversa. Uma longa conversa sobre a vida é o que aproxima o casal de “Antes do Amanhecer” e se estende ao longo de todo o filme. Jesse (Ethan Hawke) e Celine (Julie Delpy) têm apenas uma noite em Viena para se conhecerem melhor, ficar juntos. Mas o que será que vai acontecer quando o dia raiar?

10 filmes para ver a dois - 1 (© Diários de uma Paixão, As Pontes de Madison e muitos outros, confira a lista!)
Antes do Por do Sol
Nove anos depois, o casal protagonista de “Antes do Amanhecer” se reencontra em Paris. Mas a conversa flui como se eles tivessem se visto um dia antes. Agora mais maduros, Jesse e Celine têm novos assuntos pra tratar. E, claro, questões do passado para resolver. Jesse escreveu um livro sobre a noite que passou com Celine em Viena. E essa história está prestes a ganhar mais um capítulo. Um belo desfecho para um romance que começou por acaso.

10 filmes para ver a dois - 1 (© Diários de uma Paixão, As Pontes de Madison e muitos outros, confira a lista!)
Harry e Sally – Feitos um para o Outro
Duas pessoas sem afinidades podem vir a se gostar? Se amar? Harry e Sally discordam de praticamente tudo. Ele acha que é impossível haver amizade entre homens e mulheres. Sally acha Harry um machista. Mesmo assim, os dois ficam cada vez mais próximos e vivem as mais diversas situações. Uma carona de Chicago à Nova Iorque e um orgasmo fingido em um restaurante são só alguns ingredientes dessa deliciosa comédia romântica.

10 filmes para ver a dois - 1 (© Diários de uma Paixão, As Pontes de Madison e muitos outros, confira a lista!)
Sexo sem Compromisso
Taí um ótimo filme pra assistir com aquela pessoa que tá só te enrolando e fugindo de algo mais sério. “Sexo sem Compromisso” é a prova de que o casual pode se transformar em uma bela história de amor. Não era bem isso que Adam (Ashton Kutcher) e Emma (Natalie Portman) imaginavam no começo, claro. Tudo o que queriam era curtição. Mas mal sabiam eles que o cupido tinha outros planos.

10 filmes para ver a dois - 1 (© Diários de uma Paixão, As Pontes de Madison e muitos outros, confira a lista!)
Simplesmente Amor
“Você é perfeita pra mim”. É isso o que diz a plaquinha aí em cima, em uma das cenas mais marcantes de “Simplesmente Amor”. O filme reúne uma constelação de estrelas do cinema britânico, americano e tem até Rodrigo Santoro no elenco. Histórias paralelas que se cruzam e mostram que o amor é capaz de superar qualquer tipo de fronteira ou diferença que possa existir entre duas pessoas que se querem bem.

10 filmes para ver a dois - 1 (© Diários de uma Paixão, As Pontes de Madison e muitos outros, confira a lista!)
Para Sempre
Quantas vezes já amamos na vida? Será que lembramos de todas elas? Em tese, o amor é inesquecível, mas no caso de Paige (Rachel McAdams) um acidente fez com que ela perdesse parte da memória e esquecesse do próprio marido. Para ela, Leo (Chaning Tatum) é apenas um estranho que tenta conquistá-la desesperadamente. A história de “Para Sempre” é real e perde um pouco a força da maneira que é contada no filme. Mas serve pra nos lembrar de que é possível se apaixonar mais de uma vez pela mesma pessoa. E de como o amor, quando verdadeiro, se regenera e se renova.

10 filmes para ver a dois - 1 (© Diários de uma Paixão, As Pontes de Madison e muitos outros, confira a lista!)
Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças
Como seria bom poder apagar aquela decepção amorosa da memória. Sumir com aquelas lembranças dolorosas sem deixar resquícios. No universo de “Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças” isso é possível, mas não parece ser uma idéia tão boa assim. Joel (Jim Carrey) resolve esquecer de vez a ex-namorada Clementine (Kate Winslet), mas se arrepende no meio do tratamento. Agora ele vai ter que lutar pra manter aquilo de mais precioso que resta quando um relacionamento não dá certo: as boas lembranças.

Aos 70 anos, Macca está com a macaca

Aos 70 anos, Macca está com a macaca / Foto: Divulgação

Por MADSON MORAES
Quem é seu Beatle favorito? Lennon tem uma legião de seguidores. Harrison é adorado por muitos. Ringo é cultuado por aqueles do tipo “Ah, eu vou gostar dele porque ninguém declara que gosta”. Eu sou McCartney Futebol Clube. Não desconsidero os demais e nem considere as afirmações acima como gerais e definitivas. Mas, como tudo na vida é uma  escolha permanente, escolho aquele que melhor definiu minha sensibilidade nesta pequena vida de 26 anos de rock and roll e bossa nova.

Paul McCartney completa 70 anos de eternidade. Exato, porque idade é coisa de calendário. E o antigo menino de Liverpool segue serelepe mesmo septuagenário. Elogiá-lo é quase redundante. Paul, se permitem os dicionaristas e estudiosos da língua, deveria ser catalogado “aquele que cantou tão bem as dores de amores da nossa fraternal adolescência”. Macca (apelido de Paul) é o autor da trilha sonora romântica de inúmeras gerações que dançaram embaladas pelas mudanças nos hábitos culturais e musicais durante décadas. E, vejam só, ainda está aí embalando novas romances.

Caetano Veloso, outro monstro que se aproxima dos setentões em agosto próximo, disse em sua coluna “Marco” ao explicar o significado dos Beatles aos filhos: “Expliquei aos dois que os Beatles de "I wanna hold your hand" tinham para o grupo de pessoas que eu conhecia - tanto na Bahia quanto no Rio - mais ou menos o mesmo significado que Bieber tem para eles agora”. Talvez a semelhança dos cabelos tenham levado Caê a dizer isso sem saber, assim acho, que quem criou as famosas franjas penteadas para a frente foi Astrid Kirchner, namorada do primeiro baixista da banda, Stu Sutcliffe. Logo depois, os Beatles iriam amadurecer e McCartney se transformaria nessa figura fundamental que se tornou para a cultura ocidental.

Paul era mais o amor convencional e Paul cantava como quem sussurrava a diplomacia do amor. Já Lennon escancarava as injustiças do amor como quem grita e pedia “Help, I need somebody”. Para Lennon, o amor era violento como uma briga de UFC. Para Paul, as brigas do amor eram apenas encenações como as lutas do telequete.

Ele compôs a primeira música em 1955, aos 14 anos. Ela se chamava "I Lost My Little Girl". Aliás, foi no filme "O selvagem" (1953), quando o ator Lee Marvin refere-se às motos como "beetles" que Paul, ainda adolescente, assistiu ao filme e decidiu que sua banda teria o nome de "Beatles". Um ano depois, McCartney conheceu a turma de Lennon ao assistir a um show dos Quarrymen, banda esta que daria origem aos Beatles e o resto, se minhas assim me permitem o clichê, é história.

O fã mais atento pergunta-se: são os 70 anos do Paul original ou do Paul sósia? Ora bolas! Explico brevemente a história. Em 1966, Paul sofreu um acidente de moto sem grandes consequências. Mas o tal acontecimento provocou uma onda de boatos sobre a morte do Beatle e em sua substituição no grupo por um sósia. Os que acreditavam na história diziam haver centenas de pistas em músicas e clipes deixadas por Lennon, Ringo e Stuart (Ringo entraria tempos depois) para que os fãs descobrissem a verdade. Centenas de matérias em jornais, especulações de fãs e mesmo livros foram surgindo sustentando a versão da morte de Paul. Outro grande boato do rock and roll.

Se é ele, se é sósia, pouca importa. Pare para pensar. Se de fato for o velho Paul dos tempos primitivos do “Cavern Club”, em Liverpool, (lá fizeram 294 apresentações entre dezembro de 1960 e agosto de 1963), local embrionário para os Beatles, estamos ótimos, poxa, é o original de fábrica. Mas, se for mesmo um sósia que o substituiu após sua morte, ok também, é tão bom quanto o primeiro mesmo pirata. Estamos diante de um fato onde tanto o original quanto a cópia são perfeitos. Quando se trata dos Beatles, até o pirata parece original. E os números estão aí para comprovar o que digo.

Segundo o Guiness Book, Paul tem 60 discos de ouro (entre 45 discos lançados) e 100 milhões de álbuns e singles vendidos, entre as quatro bandas que tocou e a carreira solo, iniciada em 1970. Além disso, Macca emplacou nada menos do que 32 singles no 1º lugar da Billboard. Quer mais? A canção Yesterday, que iria chamar-se, acreditem, Scrambled Eggs (ovos mexidos), já foi gravada em mais de três mil versões diferentes com 7 milhões de execuções de Yesterday nas rádios e TVs dos Estados Unidos. Desde que saiu dos Beatles, Paul já realizou 19 turnês e mais de 400 shows e depois de passar quase toda a década de 80 sem se apresentar, engatou em 1989 sua mais longa turnê: 14 meses e 104 shows. Ufa!
Lennon sobreviveria à prova de fogo que foi a década de 80 para muitos artistas? Certamente que sim. McCartney sobreviveu e petrificou-se no que há de mais eterno na história da música. Eternizou-se do jeito que poeta avisou: eterno é tudo aquilo que dura uma fração de segundo, mas com tamanha intensidade que a petrificou.

“Let it be”, meninos e meninas. Deixe estar, ele já dizia. Lennon tornou-se o mito “Saint John” após a morte. McCartney ainda completa eternidades por aí.
* Madson Moraes, 26 anos, é colunista e repórter do Tempo de Mulher. Já escreveu críticas de cinema para a Revista Zingu e passou por revista e redação online. Também é comentarista da Rádio SPFC Digital. Metido a poeta, escreve no blog madsonmoraes.tumblr.com (@madson_moraes)

Johnny Depp - As 7 faces de um galã do cinema

MITCHEL DINIZ: “Johnny Depp está em dez entre dez listas dos homens mais sexy de Hollywood. E olha que o ator costuma aparecer quase irreconhecível nos filmes”.

O galã em “Sombras da Noite”: mais um personagem sombrio no currículo de Depp / Divulgação Warner
O galã em “Sombras da Noite”: mais um personagem sombrio no currículo de Depp / Divulgação Warner.

Gosto, dizem, é algo bem pessoal. Mas no caso de Johnny Depp é, praticamente, uma unanimidade.
O ator está em dez entre dez listas dos homens mais sexy de Hollywood. E olha que o galã costuma aparecer quase irreconhecível nos filmes, geralmente caracterizado de um jeito bem peculiar. Em “Sombras da Noite” não é diferente. Depp é um vampiro que desperta  do sono, em plena década de 70, depois de duzentos anos confinado em um caixão. Mas não estamos falando de nenhum Robert Pattinson: o vampiro de Depp, Barnabas Collins, é bem tradicional, daqueles que frequentaram a mesma escola do Conde Drácula.

Nem isso tira o charme do ator que, por sinal, está bem no filme. Se não fosse por ele, o choque de gerações entre o antiquado Barnabas e o restante da família não ficaria tão engraçado como de fato ficou. A direção é de Tim Burton, que adora brincar com a imagem de Depp em seus filmes. O ator cabe como uma luva no universo bizarro do diretor. Se “Edward Mãos de Tesoura” fosse interpretado por outra pessoa, provavelmente o filme não teria a mesma graça – e não seria o clássico da “Sessão da Tarde” que se tornou.

Mesmo com a aparência ameaçadora de quem tem lâminas no lugar das mãos, Edward se tornou um dos personagens mais amáveis do cinema. E Johnny Depp, seu protagonista, um sex symbol diferente daqueles que Hollywood costuma eleger. Desde que o homem com mãos de tesouras estreou no cinema, há 22 anos, o galã não parou mais de interpretar personagens esquisitões e sombrios. A culpa, é claro, foi de Tim Burton, que travestiu Depp de barbeiro homicida, chapeleiro louco, personagem de livro infantil. Mas mesmo sem a batuta do diretor e parceiro, o ator leva o seu jeito exótico para outros personagens, como o corsário bêbado Jack Sparrow de “Piratas do Caribe”.

Com esse estilo meio caricato, Johnny Depp se repete e para no tempo, o que, nesse caso, não foi nada mal. O ator completou 49 anos agora em 2012 e nem aparenta a idade que tem. Continua arrancando suspiros de muitas menininhas por aí. E pra quem ainda não perdeu a esperança, aí vai uma boa notícia: ele está solteiro. Entre na fila de pretendentes e aproveite para relembrar os melhores momentos – e as transformações mais radicais – de Johnny Depp no cinema clicando no link a seguir.

Johnny Depp - As 7 faces de um galã do cinema - 1 (© Foto: Divulgação Warner)
Sombras da Noite

Barnabas Collins foi vítima de uma maldição. Tudo porque foi se envolver com uma bruxa - e partiu o coração dela. O herdeiro de uma família de comerciantes ricos vira um vampiro e é condenado ao sono por quase 200 anos. Quando acorda, é em plena década de 70, época da revolução hippie, do amor livre. Barnabas parece mais antiquado do que nunca comparado ao resto da família, que agora habita a mansão onde ele morava antes de sucumbir ao feitiço.
Em “Sombras da Noite”, no auge dos seus 49 anos, Johnny Depp mergulha mais uma vez no universo bizarro de Tim Burton em outro personagem pálido e peculiar.
Johnny Depp - As 7 faces de um galã do cinema - 1 (© Foto: Divulgação Warner)
Johnny Depp ao natural

John Christopher Depp II, o Johnny Depp, nasceu em 9 de junho de 1963 em Kentucky, nos Estados Unidos. Conquistou fãs ainda nos anos 80 como o policial Tom Hanson em “Anjos da Lei”. Desde aquela época, Depp já tinha o jeitão sombrio que fez dele um dos partidos mais cobiçados de Hollywood.
No cinema, a parceria com o diretor Tim Burton começou em 1990 com “Edward Mãos de Tesoura”. Seu par romântico no filme, a atriz Winona Ryder, também foi namorada do ator na vida real. Recentemente, Depp terminou um relacionamento de 14 anos com atriz e cantora Vanessa Paradis, com quem teve dois filhos.

Johnny Depp - As 7 faces de um galã do cinema - 1 (© Foto: Divulgação Warner)
Edward Mãos de Tesoura

Para viver “Edward Mãos de Tesoura” no cinema, Depp passou por uma caracterização radical – a primeira de muitas, orquestradas pelo diretor Tim Burton. A começar pela maquiagem, indicada ao Oscar, que deixou o ator pálido e desgrenhado, com o ar esquisitão que o personagem pedia.
No filme, Edward é a criação de um homem excêntrico que morre inesperadamente antes de completá-lo. Com tesouras no lugar das mãos e sozinho, ele é forçado a deixar a reclusão para conviver com os moradores de uma vizinhança tradicional. E lá vai descobrir que a normalidade da rotina esconde, sim, muitas esquisitices!
Johnny Depp - As 7 faces de um galã do cinema - 1 (© Foto: Divulgação Warner)
A Fantástica Fábrica de Chocolates

Com lentes de contato azuis, usando uma peruca estilo “Chanel” e dentes falsos para parecerem perfeitos, Johnny Depp se transforma em Willy Wonka na refilmagem do clássico de 1971. Ele é o famoso empresário do ramo de doces que, após anos de reclusão, resolve abrir as portas de sua fantástica fábrica para receber a visita de um grupo seleto de crianças. Somente uma delas ganhará o prêmio especial que Wonka guarda sob segredo no seu mundo particularmente açucarado, povoado por Oompa-Loompas.
Johnny Depp - As 7 faces de um galã do cinema - 1 (© Foto: Divulgação Warner)
Sweeney Todd

O barbeiro Benjamin Parker é, sem dúvida, um dos personagens mais horripilantes já vividos pelo galã. Na Londres do século XIX, quem entra na barbearia da rua Fleet para melhorar a aparência pode nunca mais sair de lá. Por trás da fachada do estabelecimento pacato, Benjamin, também conhecido como Sweeney Todd, esconde sua faceta de assassino em série com sede de sangue. E como se já não fosse macabro o suficiente, a sua assistente na barbearia usa as vítimas como ingrediente de tortas suculentas. A trama é de embrulhar o estômago, mas ganha leveza por se tratar de um musical. Uma oportunidade para conhecer o talento vocal de Johnny Depp.

Johnny Depp - As 7 faces de um galã do cinema - 1 (© Foto: Divulgação Warner)
Alice no País das Maravilhas

A história da menina que descobre um mundo secreto debaixo de uma árvore teve inúmeras adaptações para o cinema e para a TV. Mas nenhuma delas tinha Johnny Depp usando lentes de contato verdes como o Chapeleiro Maluco! O personagem é um dos mais interessantes do conto que nossas mães contavam pra nós – e que nossas avós contavam para nossas mães.
Mas a versão de Tim Burton é como se fosse uma continuação da clássica história de Lewis Carroll. Nada parece ultrapassado. Alice não é mais uma garota ingênua e tem inimigos mais poderosos que da Rainha de Copas. No filme, ela enfrenta até um dragão! Só mesmo o Chapeleiro é que continua louco, mais ainda com Depp vivendo o personagem.
Johnny Depp - As 7 faces de um galã do cinema - 1 (© Foto: Divulgação Warner)
Piratas do Caribe

O capitão do Pérola Negra talvez seja o personagem mais famoso de Johnny Depp depois de “Edward Mãos de Tesoura”. E aqui o galã nem precisou da direção de Tim Burton para deixar sua marca. Depp é Jack Sparrow, um corsário bêbado que vive enfiando em encrencas com inimigos sobrenaturais e outros bem reais. Com o personagem, o ator teve sua primeira indicação Oscar (foram três ao todo).
A franquia “Piratas do Caribe” tem quatro filmes e premissa para novas continuações. Johnny Depp demais enjoa? Tem gente que acha que não. E você?

* Mitchel Diniz é jornalista baiano com endereço em São Paulo. É apaixonado por cinema e já ganhou um Oscar imaginário. Fez o discurso no chuveiro, onde também costuma cantar de olhos fechados.

terça-feira, 26 de junho de 2012

O HOMEM QUE RI (L’HOMME QUI RIT) - 1928 - EUA


Na Inglaterra do século 17, o Rei James II livra-se de um inimigo político e entrega o jovem filho deste inimigo para os comprachicos (ou compradores de crianças, segundo Victor Hugo) que transformam crianças em aberrações com o objetivo de exibi-las nas feiras. A criança tem os cantos da boca levantados para que seus dentes fiquem sempre arreganhados. Abandonado pelos comprachicos, é deixado a vagar pela neve. Encontra um bebê chorando nos braços de uma mãe morta e busca abrigo na cabana mais próxima, sendo acolhido por Ursus, o filósofo. O menino cresce e vira um famoso palhaço, Gwynplaine. Mais conhecido como “o homem que ri”, ele vai de feira em feira com Ursus e Dea (a criança que ele salvou), que agora é uma jovem de feições angelicais, embora seja cega desde o nascimento. Gwynplaine ama Dea e sonha em se casar com a moça, mas não sabe se tem o direito de se beneficiar do fato de ela não poder ver sua aparência. Quando ele se apresenta na frente de Josiane, meia-irmã da rainha e ardilosa e sensual duquesa, um bufão conta à Rainha Anne que Gwynplaine é o herdeiro de um lorde. Para impor seu poder, a rainha decide casá-lo com Josiane. Soldados buscam Gwynplaine em seu carroção para levá-lo para a corte, mas ele faz um escândalo na Câmara dos Lordes ao denunciar a decisão da rainha de casá-lo com a duquesa. Perseguido pelos soldados, ele consegue escapar e finalmente encontra Ursus e Dea no momento exato em que o barco está partindo para levá-los ao exílio. O personagem de Conrad Veidt teria inspirado as novas versões de Coringa nos filmes da série Batman.

Fotos:






diretor
Paul Leni
roteiro
J. Grubb Alexander, Walter Anthony
fotografia
Gilbert Warrenton
montagem
Edward L. Cahn
música
Gabriel Thibaudeau
elenco
Conrad Veidt, Mary Philbin, Olga Baclanova, Josephine Crowell, George Siegmann, Brandon Hurat
produtora
Universal Pictures
116 minutos
P&B, digital

Artista plástico transforma personagens da Disney em vilões

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O Mickey de Darko Kreculj

Referência para crianças e até adultos de seres acima do bem e do mal, os personagens da Disney são vistos com outros olhos pelo artista plástico Darko Kreculj. Em suas telas, ele representa uma visão bem diferente de Mickey e seus amigos: decadentes, maus, mal-encarados… Confira.


Minnie em versão periguete


Pateta “gangsta”


Pato Donald pervertido


Pluto raivoso…

Edição limitada do single ‘Pretty Vacant’ dos Sex Pistols será relançada em julho

Foto da banda de punk rock tirada em 1976, um ano antes do lançamento do single “Pretty Vacant”. (Foto: Getty Images)
Os integrantes dos Sex Pistols relançam no dia 02 de julho uma edição limitada a 3.500 exemplares do single “Pretty Vacant” de 1977. A música foi o terceiro single da banda, após “Anarchy in the UK” e “God Save the Queen”, e atingiu o número 06 da parada britânica 35 anos atrás. O relançamento acontece em parceria com a Universal Music.

As ruas de nomes mais estranhos de São Paulo

Conheça algumas ruas e travessas com nomes curiosos na cidade

Curiosidades, Vida Urbana - - 26/06/2012

São Paulo tem mais de 48.600 avenidas, ruas, travessas e praças. A maioria tem nomes que remetem a políticos, escritores, arquitetos e quem mais os vereadores puderem homenagear. Mas há também logradouros com nomes curiosos, muitos listados na História das Ruas de São Paulo. Confira aqui alguns e mande sua sugestão de nome curioso.

Rua Borboletas Psicodélicas
Localizada no bairro do Jabaquara, na zona sul, a rua é uma homenagem a um trecho do terceiro movimento da obra musical ”Pour Martina para Piano”, do compositor Henrique Morozowicz

Saudade triste
Fica na Vila Jacuí, na zona leste, e também é uma peça musical, de autoria de Yves Schmid


Neve na Bahia
O Conjunto Residencial José Bonifácio é cheio de musicalidade: Águas de Março, Fascinação e Aquarela do Brasil. Esta rua é uma composição do Gilberto Gil.

Chaveslândia
A rua localizada na Vila Prudente não é uma homenagem ao seriado “Chaves”, do SBT, e sim a povoado de Minas Gerais

Travessa Maravilha Tristeza
O nome do logradouro na Raposo Tavares refere-se a uma planta balsaminácea, espécie de malmequer

Praça Chá da Alegria
Não se trata de uma referência a qualquer chá alucinógeno e sim uma referência ao município pernambucano homônimo

Verão do Cometa
Outra homenagem musical, feita a dupla Sá e Guarabira, em Itaquera. A região reserva outras surpresas do tipo, com logradouros como Sempre Brilhará (Celso Blues Boy), Eternas Ondas (Zé Ramalho), Cores Vivas (Gilberto Gil) e Cavaleiro da Lua (Almir Sater).

Rock Estrela
O filme de 1985 dirigido por Lael Rodrigues, com música-tema composta e interpretada por Léo Jaime, ganhou uma rua na cidade, quem diria.

Variações musicais
Esta rua está localizada no Jardim Ângela, outro bairro musical. Ali estão também a Rua das Modulações, a Rua dos Compassos, a Rua das Fermatas, a Rua dos Menestréis e a Rua dos Minuetos.

Viagem ao Céu
Homenagem a Monteiro Lobato: Viagem ao Céu, na Saúde, é nome de um conto infantil do escritor

Travessa Sonho de um Carnaval
Essa é uma referência à música “Sonho de Carnaval”, de Chico Buarque

Rua Sol da Meia-noite
O nome dessa rua no Tremembé, na zona norte, vem de uma flor originária do Japão

Travessa Sol do Meio-dia
Não é somente essa travessa que tem um nome curioso e sim todas as demais ao redor, com nomes que homenageiam canções de Tonico e Tinoco, marchinhas de Carnaval e até novelas famosas, como Vereda Tropical e Sinhá-Moça. Imagine só o carteiro, que primeiro passa para deixar uma entrega na  Saudades do Matão, vira na Sonho por Sonho e segue até a Rancho Fundo…

Psicopatas do Cinema #TheDarkKnight

Why So Serious?


Batman
O Cavaleiro das Trevas

Let's put a smile on that face

Sobre o filme:
A sequência de Batman Begins, apresenta o vilão favorito de todos (Coringa), e o nascimento de um novo inimigo de Batman, Duas-Caras (Aaron Eckhart) .
O filme mostra como toda uma cidade vai a loucura, por conta de apenas uma pessoa. Como um herói pode se tornar o vilão. E como nem sempre o bem prevalece.
Apesar de Batman (Christian Bale) ser o protagonista do filme, ele tem a cena roubada muitas vezes pela espetacular atuação de Heath Ledger, que interpreta o Coringa.
O filme é dirigido por Christopher Nolan, o mesmo diretor de A Origem.

Sobre o psicopata: 
O Coringa (Joker) é um personagem de histórias em quadrinhos. Foi criado em 1940 pelo mesmo criador do Batman (que na época era escrito Bat-man), Bob Kane, e desenhado pela primeira vez por Bill Finger. Sua primeira aparição foi na revista Batman - Detective Comics nº 1. 
A  inspiração para a criação, foi o ator Conrad Veidt  e seus traços esquizofrênicos no filme "The Man Who Laughs" (O Homem Que Ri).
 
O Coringa é hoje um dos vilões de HQ's mais populares, e possui mais fãs que muitos super-heróis por aí. Ele é um grande humorista, e utiliza armas inspiradas na comédia. Sua arma mais conhecida e letal é seu gás do riso, conhecido como 'Veneno do Coringa', que faz a sua vítima morrer de rir, literalmente. 
Apesar  de ser um psicótico, ele é também um gênio. Ele tem elevado conhecimento químico, de engenharia, explosivos e de psicologia.


O psicopata no filme: 
Segundo os roteiristas, a versão do Coringa no filme tem também elementos que o personagem apresenta em "A Piada Mortal" de Alan Moore e em "Cavaleiro das Trevas" de Frank Miller.
O ator Heath Ledger, que interpreta o Coringa, teria se baseado também no personagem psicótico Alex Delarge do filme "Laranja Mecânica".

Para quem não sabe,  Batman - O cavaleiro das trevas, aparece muitas vezes nas listas dos 100 melhores da década. E é, também, um dos meus filmes preferidos.

Preciso dizer alguma coisa?!

Ilustrador da Pixar recria cenas de filmes proibidos para menores como desenhos infantis


A sedutora Mena Suvari entre rosas em cena do filme “Beleza Americana”
Josh Cooley, ilustrador da Pixar, estúdio responsável por filmes como Valente, Carros, Procurando Nemo, Os Incríveis e muitos outros, resolveu fazer um projeto diferente. Desenhou uma coleção de cenas de filmes adultos polêmicos e violentos no estilo de histórias infantis. GQ selecionou algumas das melhores ilustrações, que podem ser comprados no site do artista.

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Cena de “O Iluminado”

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