sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Unholy shit!


Bem que tentei, mas não deu pra permanecer muito tempo indiferente. Odiado do fundo da alma pelos guerreiros true e insensado pela escória mortal sem honra - incluindo gente como James Hetfield e Phil Anselmo (que literalmente vestiu a camisa no recente SWU) -, o grupo sueco Ghost parece pronto pra reinar com fogo e enxofre no cenário do pop pagão. Justiça seja feita, seu debut Opus Eponymous, do ano passado, é Satã em forma de chiclete. Baalbaloo. Macaco véio que sou, fazia tempo que não ouvia uma armação tão bem articulada vinda da casa do capeta. Desde o Antichrist Superstar para ser exato - e com uma nesguinha daquele investimento. 


A banda, que também é chegada num teatrinho, está lotando shows na atual turnê norte-americana, tem merchan espalhado em tudo que é canto e já tem quase 1 milhão e meio de execuções no LastFM desde 2010. Mesmo com a popularidade ascendente, a banda sabe que o segredo é a alma do negócio (ou, no caso, o negócio da alma). O jogo é escondido cuidadosamente e nem mesmo suas identidades são entregues: quem responde pelos vocais é o ilustríssimo "Papa Emeritus" e os demais músicos (dois guitarristas, um baixista, um baterista e um tecladista) são creditados como "Nameless Ghouls". Boa sacada para driblar o imposto de renda.

A poesia é aquela podreira. Saca a letra de "Death Knell":

Say, can you see the cross?
Inverted solemnly
Symbol for the goat
Of a thousand young

Six six six
Evoke the king of hell
Strike the death knell
Death knell 

Say, can you hear the chimes?
Tolls now for the end
Bells call out their doom
As victor reaches womb 

Sex sex sex
Recieve the beast of evil
Of evil… 

Can you say his name?
Carrier of the light
Legions of this seed
A child a spouce will feed 

S-A-T-A-N
Under spell
of death knell
Death knell

Uma belezura esse satanismo de gibi. Lembra até o Sarcófago de tempos idos (embora este seja insuperável!). E tudo isso sem levantar a voz ou partir para a cacofonia instrumental, ao contrário do que a estética tipicamente black metal sugere. Até o padre Marcelo poderia cantar essa música.

Outra coisa que chama a atenção é a capa do álbum...

..."levemente inspirada" no pôster do filme A Mansão Marsten, do nosso sempre estimado Tobe Hooper. 


A marketagem não podia ser mais diabólica. Ainda assim, alguns detetives de horas vagas (24-7) já identificaram o líder do bando como sendo Mary Goore, do Repugnant (?), via reconhecimento facial chutométrico.


O som do Ghost investe no chamado occult rock do final dos anos 60/início dos 70 - um negócio tão segmentado e outsider que não tem nem verbete no Wikipedia. A tônica soturna e macabra, sem necessariamente ser heavy, vem de bandas seminais como Pentagram, Coven, Salem Mass e até certos números do Blue Öyster Cult e do Pink Floyd dos primórdios. Algo da NWOBHM também perambula por ali, tipo Witchfinder General e Holocaust. 

Mas talvez a influência que mais salte aos ouvidos seja mesmo o Mercyful Fate dos primeiros dias, o que é negado com som & fúria pelos detratores. Mas é só checar o clássico Melissa e o catadão Return of the Vampire. Melhor ainda, ouça o Black Rose, a banda pré-Mercy do King Diamond. Não tem erro. Especialmente na inflexão vocal. Alguém está perdendo royalties.

Posto isso tudo, não é surpresa afirmar que Opus Eponymous é um caldeirão de referências rockeiras. Algumas obscuras, outras nem tanto. O fato é que não é apenas déjà vu: você já ouviu mesmo boa parte dos riffs, bases, linhas de teclado e das indefectíveis melodias presentes no álbum. 

Minhas favoritas são o refrão de "Satan Prayer" com melodia Yes/Deep Purple em suas respectivas fases pop com levada de bateria disco (!), a instrumental "Genesis" trazendo o tema do Terminator semi-impresso nos acordes e, claro, o hit "Ritual", cujos riffs introdutórios (opa!) se passariam fácil como de alguma banda indie-fofa do festival Planeta Terra.

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Jason David Frank, ator de ‘Power Rangers’, desembarca no Brasil




Mais um artista internacional acaba de desembarcar em solo brasileiro. O ator Jason David Frank, 39, da série "Power Rangers", veio à São Paulo acompanhado da família.
De acordo com o site da revista "Quem", o artista norte-americano chegou na capital paulista nesta terça-feira (3).
Jason participou da franquia de heróis a partir de 1993, interpretando o personagem Tommy Oliver, que é considerado o Power Ranger que mais apareceu nas equipes, pois ao longo do tempo, vestiu uniformes de quatro cores diferentes (verde, branco, vermelho e preto).
Há 4 anos, o famoso é lutador de MMA, e as habilidades que possui nas artes marciais, o auxiliaram a conquistar o papel no seriado de televisão. Na época, ele tinha somente 19 anos.